Vamos que hoje começaremos uma nova saga, trate logo de entrar! Achei esse livro perdido na estante dos livros que não me convinham mais. Contém estórias e contos, chamegos e conversas das mais bonitas que um dia já li. Trata-te logo de acomodar-te que, pela primeira vez em anos, estou eufórico! Esse texto foi retirado de um diário de um senhorzinho que morava pras bandas do Nordeste. Costumava viajar muito e fazer de tudo um pouco. No total, são 10 volumes que tratei de trazer aqui pra baixo. Pois lá vai:
"26 de Abril de 1810, Oxfordshire, Inglaterra.
Hoje parece mesmo foi que o mundo acordou torto. As saudades das coisas do Brasil me são grandes. Lembrando-me de tudo que já me ocorrera na vida, lembrei-me sim daquelas coisas todas que percorreram os caminhos que nos levaram à distância. Antes fosse distância só em milhas de quilômetros, não anos-luz. Percebia em suas vestes que a armadura que usavas não lhe caía bem, nem mesmo lhe fazia uma pessoa melhor. A infelicidade que insistias em buscar não fazia de ti uma pessoa melhor, apenas te fazia mais infeliz. Nem mesmo nossos poucos momentos de júbilo se sobressaíram ante todo o ocorrido. Hoje nem nos conhecemos mais, mesmo quando nos esbarramos nas ruas sujas da cidade. Pode acontecer, nesse infinito universo de infinitas possibilidades, que um dia nos reencontremos e conversemos naquele banco de praça, enquanto os outros nos observam; e pode acontecer, sim, de que quando lembrares da rosa e da carta, ou das coisas do mar que te entreguei, teu tempo já tenha passado e eu esteja naquele bar que bem conheces, rindo do que um dia eu mesmo achei bonito."