quarta-feira, 3 de agosto de 2011

das velhas estórias novas

Vamos que hoje começaremos uma nova saga, trate logo de entrar! Achei esse livro perdido na estante dos livros que não me convinham mais. Contém estórias e contos, chamegos e conversas das mais bonitas que um dia já li. Trata-te logo de acomodar-te que, pela primeira vez em anos, estou eufórico! Esse texto foi retirado de um diário de um senhorzinho que morava pras bandas do Nordeste. Costumava viajar muito e fazer de tudo um pouco. No total, são 10 volumes que tratei de trazer aqui pra baixo. Pois lá vai:

"26 de Abril de 1810, Oxfordshire, Inglaterra.

Hoje parece mesmo foi que o mundo acordou torto. As saudades das coisas do Brasil me são grandes. Lembrando-me de tudo que já me ocorrera na vida, lembrei-me sim daquelas coisas todas que percorreram os caminhos que nos levaram à distância. Antes fosse distância só em milhas de quilômetros, não anos-luz. Percebia em suas vestes que a armadura que usavas não lhe caía bem, nem mesmo lhe fazia uma pessoa melhor. A infelicidade que insistias em buscar não fazia de ti uma pessoa melhor, apenas te fazia mais infeliz. Nem mesmo nossos poucos momentos de júbilo se sobressaíram ante todo o ocorrido. Hoje nem nos conhecemos mais, mesmo quando nos esbarramos nas ruas sujas da cidade. Pode acontecer, nesse infinito universo de infinitas possibilidades, que um dia nos reencontremos e conversemos naquele banco de praça, enquanto os outros nos observam; e pode acontecer, sim, de que quando lembrares da rosa e da carta, ou das coisas do mar que te entreguei, teu tempo já tenha passado e eu esteja naquele bar que bem conheces, rindo do que um dia eu mesmo achei bonito."